Nélida Pinon

Nélida Pinon, a jornalista, romancista, contista e professora carioca, que foi a primeira mulher a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, que aconteceu justamente no ano do centenário da instituição.

O nome de Nélida Pinon é anagrama do prenome do seu avô Daniel Cuiñas.
Os pais da escritora a incentivaram desde criança a criar o hábito da leitura, a presenteando com livros e levando-a a viagens.

A sua viagem para a Galícia, onde ficou por dois anos, foi fundamental para sua vida como escritora, já que, em suas obras deixa evidente o amor pelas duas pátrias Brasil e Galícia.

Formada em jornalismo na PUC-Rio, Nélida Pinon tem um extenso currículo em diversos veículos de comunicação, como editora-assistente da revista Cadernos Brasileiros e em Conselhos Consultivos e/ou Editoriais de revistas como: Tempo Brasileiro, Impressões.

Além disso, teve marcante atuação em publicações estrangeiras como Imagem Latino-Americana (Caracas),Encyclopedia of Latin American Literature (Inglaterra), da Review: Latin American Literature and Arts (Nova York).

A partir de 1965, quando recebeu a bolsa “Leader Grant”, do governo americano, Nélida Pinon tem feito viagens por diversos países, nos quais participa de congressos, conferências e palestras relacionados a cultura e literatura.
Assumiu como titular da cátedra da Universidade de Miami em 1991, depois de ter concorrido com mais 80 candidatos à vaga e ficar entre os 5 selecionados.

No entanto, em 1996 desligou-se da cátedra para assumir a presidência da ABL, durante a ausência do presidente Antônio Houaiss.

A trajetória de Nélida Pinon na ABL começou como diretora de arquivo, passando à primeira secretária, secretária geral, presidente em exercício.

Sendo eleita em 1996 como a primeira mulher a ocupar a presidência em 100 anos de existência da Academia Brasileira de Letras.

Sua estreia na literatura se deu com o livro “Guia-mapa de Gabriel Arcanjo” em 1961 e retratava o pecado, o perdão e a relação dos mortais com Deus.
A partir de então, sua extensa obra tem sido amplamente publicada em diversos países e recebido muitos prêmios.

Entre tantos prêmios podemos citar: Prêmio Walmap, pelo romance Fundador (1970); Prêmio Mário de Andrade, pelo romance A casa da paixão (1973) .

Contudo, o mais importante foi o Prêmio Internacional de Literatura Juan Rulfo, o mais importante da América Latina e do Caribe e que pela primeira vez premiou uma mulher e autora de língua portuguesa.

Confirma o “Evento de celebração dos 80 anos da imortal Nélida Piñon, realizado na Fundação Casa de Rui Barbosa, em 27 de setembro de 2017, pelo projeto Palavra por Palavra.