O SUS é o esqueleto do pouco que a gente tem em pé ainda no Brasil, afirma Denise Nacif Pimenta, antropóloga e pesquisadora do Instituto de Pesquisas René Rachou, da Fiocruz de Minas Gerais. Ela falou ao Mulheres de Luta sobre a importância do SUS, especialmente durante a pandemia da Covid-19.
Em um sistema de saúde no qual só as pessoas que podem pagar conseguem ter algum atendimento, a população mais carente fica completamente vulnerável. Reconhecendo a condição financeira das famílias brasileiras, Denise Nacif constata que se não fosse o SUS, que oferece atendimento gratuito, o país poderia ter um número ainda maior de mortos por Covid-19.
No entanto, há sempre interesses escusos que se dedicam ao desmonte do SUS, e depois, com a justificativa de que ele não funciona, propõe a privatização como solução, ignorando a necessidade da população brasileira, como observa Nacif. Segundo a Denise Nacif, cerca de 80% dos brasileiros dependem do SUS.
A pesquisadora também aproveitou para relembrar que reconhecer a saúde como um direito universal foi uma ideia revolucionária pela qual os profissionais de saúde batalharam e continuam batalhando, dia-a-dia, a fim continuar atendendo e salvando as vidas das brasileiras e dos brasileiros.
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