Tendo iniciado sua carreira na década de 60, Ana Maria Magalhães foi presença marcante no cinema brasileiro.
Sua trajetória no cinema foi longa e expressiva, ao contrário de muitas atrizes da época.
Destacou-se no contexto do Cinema Novo, movimento que se caracterizava pela produção de filmes com apelo mais popular, com foco em questões sociais locais para os enredos, e não mais a cultura americana.
Dessa forma, Ana Maria Magalhães trabalhou com grandes diretores do Cinema Novo, como Carlos Diegues, Paulo Cezar Sarraceni, dentre outros.
A atriz era filha de um deputado pernambucano que teve seu mandato cassado durante o regime militar. Contudo, esse fato não impediu que Ana Maria Magalhães tivesse grande prestigio nos três veículos que atuou.
Foi dirigida, no teatro, por José Celso Martinez Correa; na televisão, com a direção de Braulio Pedroso, estreou em O Bofe e atuou, ainda, em dois grandes sucessos da TV, Saramandaia e Gabriela.
Em Todas as Mulheres do Mundo, conduzida por Domingos de Oliveira, fez sua estreia no cinema.
Por meio de sua beleza e talento, Ana Maria Magalhães teve presença contínua no cinema nacional do fim da década de 60 ao início da década de 80.
Posteriormente, vai deixando seu trabalho de atriz e começa seu trabalho atrás das câmeras, dirigindo curtas e médias metragens, como Mulheres do Cinema e Assaltaram a Gramática.
Desenvolveu seu trabalho como roteirista, assistente de montagem, produtora até chegar a direção.
Lara, adaptado do livro autobiográfico da atriz Odete Lara, foi seu primeiro longa metragem.
