Didi Viana

Didi Viana foi uma importante atriz do cinema, mesmo tendo atuado em um único filme.

A atriz era casada com o diretor Adhemar Gonzaga, da Cinédia – primeira produtora cinematográfica do Brasil, fundada em 1930.

Didi Viana, mesmo sendo casada com o diretor e vivendo cercada de produtores, não foi muito privilegiada.

Não só ela, mas todas as mulheres que tentavam mostrar seu talento em qualquer área, seja na literatura seja no cinema, por exemplo, eram reprimidas.

A atriz, desde criança, já demonstrava seu interesse pela arte. Em um grêmio artístico na sua cidade, dirigido por seu pai, Didi fez sua estreia nos palcos.

Em busca de viver da arte, participou de vários concursos e mantinha contato constante com a Revista Cinearte.

Para protagonizar o filme Saudade, Adhemar precisava de uma atriz desconhecida, por isso escalou Didi Viana. Mesmo com grande divulgação pela Cinearte, o filme foi interrompido e a estreia da atriz foi, portanto, adiada.

Didi Viana atuou em um único filme, Lábios sem beijos, do diretor Humberto Mauro. O próximo filme em que iria atuar, O preço de um poder, também foi interrompido.

A atriz, que já vivia um romance com o diretor da Cinédia, afastou-se do cinema após o casamento. Em seguida, fez apenas papéis secundários em Alô alô carnaval e Bonequinha de Seda.

Sua filha, Alice Gonzaga, registrou em um texto o seguinte trecho de uma carta de Didi Viana: “Eu fui uma estrela que não brilhou”.