Em 1891, nascia em berço aristocrático Ercília Nogueira Cobra.
Por meio da riqueza oriunda da posse de muitos cafezais, dos quais seus avós maternos eram donos, a escritora teve acesso a uma educação privilegiada.
No início da adolescência, Ercília Nogueira Cobra e sua irmã Estella, que moravam com a avó em SP até então, foram morar com a mãe em uma fazenda, como consequência da falência da família – o que também motivou a morte do pai.
A partir disso, Ercília passou por um período conturbado de sua vida, ficando por um tempo em uma espécie de internato/reformatório, até parar na prisão – por motivos até hoje desconhecidos.
Depois desse período, a jovem conseguiu ingressar na Escola Normal em Pirassununga, no ano de 1917, e lá se formou professora.
Na década seguinte, publicou dois livros que causaram grande polêmica na sociedade: “Virgindade Anti-Higiênica, preconceitos e convenções hipócritas” e “Virgindade Inútil, novela de uma revoltada”.
A temática dos livros era essencialmente a respeito da forma distinta que homens e mulheres eram tratados. No entanto, pelo teor das reivindicações quanto à liberdade sexual e emancipação feminina, seus textos foram julgados, marginalizados e até considerados como perigosos por atentar contra a moral.
Dentre suas ideias, Ercília defendia que a falta de uma educação formal e de qualidade para as mulheres era a causa principal para a prostituição. Simultaneamente, questionava a obrigatoriedade da mulher se casar virgem.
Como consequência de seu posicionamento “subversivo”, Ercília Nogueira Cobra foi presa e torturada enquanto os seus livros caíam no esquecimento.
Saiba mais em: https://www.suplementopernambuco.com.br/artigos/2274-uma-leitura-da-obra-pioneira-e-inquietante-erc%C3%ADlia-nogueira-cobra.html
Leave a Reply