“O feminismo como movimento social, filosófico, cultural, ele visa a sua principal demanda que é a igualdade.”
A afirmação parte de Andressa Morais, doutora em Antropologia Social pela Universidade de Brasília, que conversou com o Mulheres de Luta sobre o assunto.
Diversas correntes feministas vão se construindo enquanto a luta pela igualdade avança. A luta pela participação feminina no mercado de trabalho é uma dessas pautas.
À medida em que essas conquistas progridem, Andressa Morais também aponta que aparecem novos limites que precisam ser transpostos, ou seja, surgem novos obstáculos para a luta feminista. Ainda há desigualdade na remuneração de homens e mulheres que realizam as mesmas atividades no mercado de trabalho, ainda há diferenças no que se refere ao reconhecimento, prestígio e oportunidades de promoção no trabalho, e a mulher continua em posição social inferior.
Isso sem falarmos no preconceito que ela enfrenta ao se candidatar a uma vaga de emprego, apenas pela possibilidade que ela tem de engravidar e trazer supostos prejuízos para a empresa contratante. Andressa Morais fala ainda sobre assédio sexual e outras pautas que vão impactar na construção da identidade da mulher e na forma como ela se enxerga e se relaciona na sociedade.
