Gilda de Abreu

GILDA DE ABREU

Você sabia que Gilda de Abreu escreveu livros infantis e romances para o rádio, além de ter produzido o curta Canção de Amor, em homenagem ao seu esposo?

Terceira mulher a dirigir um filme no Brasil, Gilda de Abreu passou da atuação à direção com maestria.

Em 1936, interpretou, no filme “Bonequinha de Seda”, Marilda, uma jovem brasileira que se passa por francesa recém-chegada ao Brasil com a intenção de tirar a família da miséria e se vingar do homem que a maltratou.

O que torna o filme emblemático é que, mesmo utilizando estereótipos tipicamente femininos, chama a atenção o protagonismo da personagem. No filme, além de atuar, Gilda de Abreu dava suas contribuições na direção de diversas cenas.

Graças a seu profissionalismo, Gilda de Abreu obteve reconhecimento ao ser convidada por Adhemar Gonzaga para dirigir o filme “O ébrio”.

A fim de acabar com o preconceito que sofria, inclusive por parte da sua equipe, Gilda de Abreu passou a usar calças no trabalho, como uma maneira de se impor diante de qualquer machismo.

Com grande apoio de outros segmentos artísticos como o circo e o teatro, “O ébrio” foi um enorme sucesso de público e crítica. Além disso, teve grande retorno econômico, o que era incomum em um período de grande instabilidade financeira para o cinema.

Ao lado de Arlete Lester, que era a personagem Maricota e que também exercia o papel de braço direito na parte técnica do filme, Gilda de Abreu colocou o filme no patamar de um dos melhores, senão o melhor filme brasileiro de todos os tempos.