Grávidas e puérperas brasileiras na pandemia

Denise Nacif Pimenta, antropóloga e pesquisadora do Instituto de Pesquisas René Rachou da Fiocruz de Minas Gerais, falou ao Mulheres de Luta sobre o retrocesso que tem ocorrido na saúde brasileira nos últimos anos, e o impacto disso na saúde da mulher, especialmente nas gestantes e puérperas, que ficaram ainda mais vulneráveis com a pandemia.

Se antes o Brasil era um dos pioneiros em saúde reprodutiva, o cenário que se apresenta na atualidade é muito diferente. Em junho de 2021, o país alcançou uma taxa de letalidade de 7,2% por Covid-19 em grávidas. Isso ocorre em um momento em que diversos serviços de acompanhamento básico às gestantes deixaram de ser oferecidos, e quando há alguma assistência, é de forma precária.

Com a Covid-19 a situação se agravou, como observa Denise Nacif Pimenta. As gestantes, que já não tinham mais acesso à serviços adequados, agora se encontram mais vulneráveis ainda. O pré-natal, por exemplo, foi um dos serviços essenciais para a gestante que foi impactado pela pandemia, uma vez que as atenções estão todas voltadas ao combate da Covid -19.