Você está em busca de grupos de apoio para mulheres que querem empreender? Então esse artigo foi feito especialmente para você, reunimos aqui diversas comunidades que tem o intuito de ajudar você nesse processo de crescimento.
É um fato que a inserção das mulheres no mercado de trabalho ainda hoje possui grandes desafios. Essa disparidade fica ainda mais evidente em alguns grupos específicos. Uma mulher lésbica, por exemplo, enfrenta além das questões de gênero os preconceitos sobre a sexualidade que, muitas vezes, é um fator decisivo nesse aspecto.
Por isso mesmo, uma pesquisa da consultoria PwC constatou que apenas 38% das mulheres atraídas pelo mesmo sexo se assumem no ambiente profissional, exatamente porque existe um medo de que isso possa realmente atrapalhar a sua carreira profissional.
Com certeza o cenário piora muito com a junção de outros recortes, como por exemplo: uma mulher que além de lésbica é negra ou periférica ou mãe, ou tudo isso junto.
Além de tudo, com a pandemia e a crise econômica que estamos enfrentando atualmente o mercado de trabalho se tornou um espaço ainda mais competitivo e as minorias ainda mais sem visibilidade.
Diante disso, uma alternativa viável para muitas mulheres que se encaixam nesses grupos mais vulneráveis foi e tem sido empreender.
Então, se é esse o seu caso ou se você conhece alguma mulher empreendedora e quer ajudá-la, te convidamos a conhecer essas comunidades que podem agregar muito nesse processo de divulgação e incentivo.
Vamos lá conhecer os principais grupos de apoio para mulheres que querem empreender?
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Grupos de apoio para mulheres que querem empreender
Antes de apresentarmos a nossa lista, queremos apenas abordar um conceito: coletivo. Ou seja aquilo que agrupa, ajunta. Significa pluralidade, embora o substantivo seja singular.
E apesar de todo um contexto histórico onde a rivalidade entre as mulheres é algo reforçado em todos os aspectos, entender esse conceito e a proposta desses coletivos é fundamental para que essa força seja acrescida cada vez mais. São mulheres conscientes ajudando outras mulheres e isso tem uma força imensa.
Dessa forma, esses grupos possuem uma proposta muito mais profunda que simplesmente o empreendedorismo. Dito isso, vamos conhecer agora essas redes de suporte.
Instituto Rede Mulher Empreendedora
O primeiro da nossa lista é um pouco mais abrangente. Seu foco, além da geração de renda através do empreendedorismo feminino, é o incentivo e a capacitação profissional.
Sendo assim, essa organização beneficia quem já está empreendendo e também quem tem interesse em iniciar e não sabe como.
Vamos entender melhor como funciona o instituto…
Criado em 2017, sem fins lucrativos, o Instituto Rede Mulher Empreendedora é uma organização civil é de caráter social. Com suas políticas públicas abraça mulheres em situação de vulnerabilidade social e tem como objetivo ajudar no processo de independência financeira. Com isso, apoiam projetos, respaldam e desenvolvem oportunidades e iniciativas nesse âmbito.
Essa é a primeira e maior rede de apoio para mulheres empreendedoras que temos no Brasil.
Confira abaixo a visão do Instituto Rede Mulher Empreendedora:
“Acreditamos que quando uma mulher é empoderada financeiramente, ela não muda só a realidade de sua família, mas também a da sociedade, pois quando elas têm negócios que dão certo, investem em suas comunidades, especialmente, para que haja um contínuo desenvolvimento, e tratam seus públicos de interesse como uma família estendida, pois acreditam no poder colaborativo para melhorar o mundo.”
ONG Cruzando Histórias
Essa é uma outra organização social que tem o intuito de promover a empregabilidade feminina, o acolhimento e a valorização profissional de mulheres em todo o Brasil.
Sem fins lucrativos é uma Organização da Sociedade Civil que possui sede em São Paulo e tem atuação online e gratuita para todas as brasileiras.
Os valores da ONG Cruzando Histórias são:
“Escuta: estar disponível e presente.
Empatia: acolher, sentir junto e não condenar.
Colaboração: aprender e compartilhar conhecimentos e experiências.
Inclusão: Construir pontes, abrir portas, acolher e integrar.
Valorização Humana: respeito e valorização das pessoas e suas histórias. Responsabilidade Social: comprometimento com a causa, com sociedade e meio ambiente.”
Na Vitrine de Talentos, as profissionais contam sua história de vida, seus desejos e apresentam suas competências.
Isso muda a proposta de uma entrevista de emprego ou de uma seleção, por exemplo, em que existe uma desumanização e a não possibilidade, normalmente, de uma conversa aberta onde muitos detalhes importantes não são levados em consideração.
A idealizadora e presidente desse projeto é a Bia Diniz, que depois de uma entrevista se comoveu particularmente com a história de uma mãe que estava desempregada a 7 anos.
A partir disso, ela começou a escutar a história de outras mulheres e criou essa rede de fortalecimento para mulheres desempregadas e em situação de vulnerabilidade social.
Plataforma digital para FREELAS
Criado pelo maravilhoso ColetivA Delas, é uma plataforma inclusiva que conecta mulheres que atuam na Economia Criativa entre si e com empresas que estão buscando os seus serviços.
Se encaixam nesse grupo profissionais que tem o Capital Intelectual como a principal matéria-prima na Produção de bens e Serviços.
Por exemplo: Artes Cênicas, Artes Visuais, Audiovisuais, Editoração e Mídia Impressa, Tradução, Livros e outras Publicações, Desenvolvimento de Softwares, Videogames, Conteúdos Criativos Digitalizados, entre outros, Arquitetura, Publicidade, Pesquisa e Desenvolvimento, Atividades Culturais e Recreativas, Design, entre outras não mencionadas como Cozinha e Gastronomia, Moda, Maquiagem, Tatuagem, Costura e Figurino etc.
Uma coisa muito legal da plataforma digital FREELAS é o intuito específico de gerar oportunidades para impactar mulheres que estão dentro do grupo LGBTQIA+
É uma plataforma que promove a diversidade, visibilidade, e também oferecem vantagens como formações, grupos de acolhimento terapêutico e muito mais!
Feministrampos
Esse é um grupo grande no Facebook, que se constitui como um espaço de trocas e incentivo. Hoje conta com cerca de 140 mil membros e já ajudou muitas mulheres na divulgação dos seus trabalhos.
Existem regras bem específicas para que o grupo funcione a fim de atender o objetivo definido.
Mariana Zimmermann, uma das administradoras do grupo Feministrampos disse: seguimos há seis anos fortalecendo o trabalho e a conexão entre as minas. “Temos regras rigorosas para postagens e o que pode parecer chato; na verdade é a forma de manter tudo bem organizado.”
Principalmente porque a maioria das pessoas que fazem parte desse grupo são minorias. E esse espaço de divulgação tem a proposta de promover o respeito, reconhecimento e possibilidade de sustento.
Através de grupos de apoio para mulheres que querem empreender como esse, existe uma promoção da visibilidade e uma divulgação dos serviços que auxilia muito a fortalecer a economia, seja em âmbito local ou nacional.
Empreendedorismo feminino é empoderamento
De acordo com os dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) realizada pelo IBGE, atualmente cerca de 9,3 milhões de mulheres estão à frente de negócios no Brasil e em 2018 as mulheres empreendedoras já eram 34% das donas de negócios.
Mudar a realidade de uma mulher permite que a realidade de muitas outras mudem também, de forma direta ou indiretamente.
E, os grupos de apoio para mulheres que querem empreender desempenham um papel fundamental para que esses números sejam tão promissores. É a união de muitas forças para a mudança de um cenário que historicamente nos desfavorece.
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