De uma família de origem abastada, Helena Ignez nasceu em 1939 na Bahia.
Contra a vontade da família, ela abandonou o curso de direito para cursar teatro ainda jovem.
Helena Ignez mergulhou de cabeça nessa arte, que era efervescente na Bahia. Nesse momento, também conheceu Glauber Rocha, com quem veio a se casar, e juntos estrearam no cinema em “O pátio”, em 1959.
A partir de então, sua carreira se consolidou em filmes como “A grande feira” (1961), de Roberto Pires, “Assalto ao trem pagador” (1963), de Roberto Farias, e “O padre e a moça” (1966), de Joaquim Pedro de Andrade.
Contudo, foi ao lado de Rogério Sganzerla, seu companheiro por 35 anos, que Helena Ignez se tornaria revolucionária na forma de interpretar.
“O bandido da luz vermelha” foi o primeiro filme de Sganzerla e que também marcou o início da parceria com Helena Ignez.
Os dois, juntamente com Júlio Bressane, criaram a produtora Belair. Por meio da Belair, o papel da mulher passou a ser representado de forma distinta, colocando-a sempre como protagonista de sua história, como dona do seu destino e decisões.
Nesse sentido, Helena Ignez teve papel fundamental, já que além de atuar, participava como coautora dos filmes.
Consequentemente, sua atuação revolucionou e transformou o papel feminino em cena, por meio de seu protagonismo e narrativa singulares.
É inegável que o Cinema Brasileiro tem muito que agradecer e continuar a aprender com a obra de Helena Ignez.
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