Filha de uma brasileira e um norueguês, Helena Solbertg nasceu em São Paulo em 1938.
A literatura, que ocupava espaço importante na vida de Helena, levou-a cursar Línguas Neolatinas na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, no ano de 1957.
Nesse período, conheceu David Neves, Arnaldo Jabor e Cacá Diegues e com eles, anos mais tarde, viria a compor o movimento Cinema Novo. Helena Solberg foi a única mulher a dirigir um filme dentro dessa corrente.
No curta-metragem “A entrevista”, o primeiro e mais emblemático trabalho de sua vida, abordou assuntos como sonhos, realizações, amor, sexo e a condição da mulher na sociedade.
A primeira ficção de Helena Solberg foi “Meio dia”, lançado em 1970, que contextualizava o período da ditatura militar.
Em parceria com outras 6 mulheres, Helena Solberg fundou o International Women’s Film Project, em Washington – uma organização independente cujo objetivo era produzir documentários viabilizados por instituições estrangeiras.
O primeiro documentário do coletivo foi “A mulher”, que retratava os 170 anos do movimento feminista nos EUA.
Logo em seguida, Helena Solberg dirigiu seu primeiro longa-metragem, “A dupla jornada”, documentário latino-americano que discorre sobre os ideais feministas.
Ela finalizou a produção de documentários com cunhos feministas em Simplesmente Jenny, que conquistou premiação no Festival de Cinema Americano.
Em 1978, Helena Solberg passou por uma fase de intensa reflexão. Preocupada em ser rotulada por seus trabalhos voltados à temática feminina, a diretora direcionou seu foco para trabalhos investigativos e conflitos na América Latina e Central.
Ao fim dessa fase política, Helena Solberg produziu “Carmem Miranda, meu negócio é bananas”, obra pela qual é premiada em vários festivais internacionais.
No Brasil, no Festival de Brasília, a produção recebeu quatro prêmios como o melhor filme pelo Júri Popular e Prêmio Especial do Júri.
Por fim, em 2004, seu primeiro longa-metragem de ficção, “Vida de menina”, que se passa em Diamantina-MG, venceu o Festival de Gramado, levando 6 prêmios Kikitos de Ouro.
