Lelita Rosa foi uma talentosa estrela do cinema nas décadas de 20 e 30, período extremamente conservador.
Por esse motivo, as mulheres tinham que lutar muito para alcançar destaque em qualquer área. Para as que decidiam atuar no meio artístico, era uma luta enfrentar as sérias dificuldades encontradas.
A projeção da figura da mulher na sociedade, assim como as ideias que defende, causava grande desconforto. Dessa forma, frequentemente tinham o talento, profissionalismo e capacidade questionados.
Por meio da representação de suas personagens, a forte personalidade de Lelita Rosa podia ser percebida.
Há nos registros uma divergência quanto ao seu primeiro filme. Enquanto no Dicionário Astros e Estrelas do Cinema Brasileiro seu primeiro filme é Flor do sertão (1925), a Enciclopédia do Cinema Brasileiro cita Vício e beleza, de 1926.
Por retratar um assunto que até então era um tabu – o uso de drogas -, e evidenciar a sensualidade da personagem interpretada por Lelita Rosa, Vício e beleza causa polêmica e tem problemas com a censura.
A sensualidade, atrelada à figura inocente de Lelita Rosa, causou impacto em Barro Humano, de Adhemar Gonzaga, tornando a atriz uma das musas da Cinédia.
