Nutrindo o sonho da atuação desde a infância, Ruth de Souza teve grande importância no cinema nacional e internacional.
Nascida no Rio de Janeiro em 1921, Ruth de Souza passou parte de sua infância em um sítio no interior de MG.
Com a morte de seu pai, voltou a morar no Rio, onde sua mãe trabalhava como lavadeira para conseguir sustentar os filhos.
Ruth de Souza assistia junto com sua mãe algumas apresentações de ópera na cidade, já idealizando se tornar atriz, mesmo ouvindo que nunca realizaria seu sonho por sua cor.
No entanto, encorajada pela mãe, Ruth de Souza escutava que ela seria o que quisesse.
Ao entrar para o Teatro Experimental do Negro, em 1945, Ruth de Souza atuou em “Terras do sem fim”, de Jorge Amado. Com o sucesso alcançado, foi indicada pelo próprio autor para participar de “Terra violenta”, em 1948, na adaptação da peça para o cinema.
Logo em seguida, ingressou na Atlântida Filmes, onde trabalhou em filmes como: “Falta Alguém no Manicômio” (1948) e “Também somos Irmãos” (1949).
Posteriormente, Ruth de Souza entrou para a Vera Cruz, o que contribuiu para a recepção calorosa que atriz teve no cenário internacional. Dos cinco filmes que fez pela produtora, Sinhá Moça foi o mais expressivo, tanto para o cinema brasileiro como para a carreira de Ruth de Souza.
Por sua atuação como Sabina, a atriz recebeu o prêmio Saci, conferido aos melhores do cinema nacional e, ainda, foi indicada ao prêmio de melhor atriz em Veneza. Ruth de Souza foi a primeira atriz brasileira a concorrer a um prêmio desse porte.
A partir da década de 80, ela passou a focar em sua carreira na TV, mas ainda com participações importantes no cinema.
Com o filme “Filhas do vento”, a história de sua família foi retratada de forma ficcional. Por essa atuação, recebeu o prêmio de melhor atriz no Festival de Gramado.
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